Mári Flor das Águas - Blog Pessoal

Autoconhecimento é essa palavra bonita que nos faz pensar em evolução, em melhorar de vida. "Auto" é referente a si mesmo, ao "self", mas podia também ser de "alto", de elevar-se. E conhecimento é do saber, de clarear. Algo muito bom a se buscar sim, recomendo (seja pelo caminho que for!). Mas não vou enganar ninguém, as coisas não melhoram logo de início não, não é bem assim que o processo acontece. Porque (se) autoconhecer realmente implica em desconhecer tudo o que imagina saber sobre si, se desconstruir, desfazer ilusões, enganos, sentimentos nossos e os que projetamos/imaginamos haver em outros (e que muitas vezes vamos descobrindo que não há). Isso pode ser muito doloroso...mas é também libertador!  Sustentar a evolução enquanto perdemos todas as nossas referências, é o grande desafio. Quanto maior o tempo dos enganos e a força dos apegos, mais difícil e demorado será o processo, mas é como é. Desistir não acelera. Além do que, uma vez que se começa ...

  O silêncio é uma grande conquista, acho que a maior de toda uma vida!  E são vários os silêncios que podemos escolher: o que omite, o que preserva, o que respeita, o que se respeita e até o que se cala diante da estupidez de certas pessoas. Os meus têm sido muitos, todos conquistados a duras penas, principalmente esse último.  Não é fácil, nos dias de hoje, ver tanta gente falando coisas tão descabidas e ficar calada. A internet se tornou campo fértil para a autoridade de quem nunca foi exemplo para nada -- tem, claro, quem foi e é, mas ninguém é em tudo e a prudência humilde, para mim, é ainda a melhor medida. Mas não é geralmente o que se vê nas redes. O que se vê é a antítese disso: gente que nunca deu nada a ninguém falando em bondade no coração, grandes ingratos alçando a bandeira da gratidão, verdadeiros bárbaros defendendo a preservação da família, outros tantos traumatizados fazendo textão sobre os traumas alheios (muitas vezes projetados por eles mesmos), ou at...

Recentemente passei por uma cirurgia na perna, por ter quebrado o principal osso dela, o fêmur. Quando saí da cirurgia, estava bem preocupada pela gravidade do problema e o médico quis me tranquilizar dizendo: "não se preocupe, você poderá andar e até correr novamente". Então eu disse: "tá, mas e a posição de lótus, vou ainda poder fazer?" Andar  é, lógico, fundamental! Correr também pode ser bom, claro! Mas me colocar na postura meditativa sem sentir dor é algo que realmente anseio voltar a fazer. É o meu momento de conexão com o Divino e com o  meu eu mais profundo, o meu Eu Sou, que me nutre e direciona na caminhada. Talvez o médico não tenha entendido muito bem a minha preocupação, normal. Às vezes o que é importante para alguém pode não significar nada para outras pessoas, e isso também é normal. A verdade, fora de alguns preceitos básicos, é muito relativa, e é para isso existe coisas como respeito e empatia. Respeito para deixar o outro decidir o que é import...

Nem todos os aprendizados da vida que acessamos em teoria realmente internalizamos na prática, fato! Eu sempre soube disso mas, ainda assim, fui surpreendida pelos últimos acontecimentos: um atropelamento com uma quantidade razoável de fraturas no fêmur (5). Eu já até escrevi sobre a impermanência da vida e sempre soube que aceitar os ciclos (bons e ruins) é uma necessidade. Mas, dessa vez, precisei de alguns bons dias até começar a conviver com um mínimo de aceitação dessa situação (com a qual ainda estou me acostumando). Bom, acostumada ou não, eu estou nela e já que resolvi falar disso, vamos focar no que é bom e nos aprendizados (já que o ruim ninguém vai mesmo poder viver por mim). Pois é, graças a Deus, eu tive amparo e estou sendo muito bem cuidada (#Sougrata!), mas, falando dos aprendizados, o principal deles é a presença, porque eu estava no momento do acontecido prestando atenção no aplicativo de táxi e não vi vindo o carro que me atropelou (cujo motorista era quem, na verdad...

  Ontem fiz uma live sobre autoconhecimento e falei da importância de cada um seguir esse chamado do Divino para buscar se conhecer e melhorar de vida. Falei também de caminhos e terapias que podem nos ajudar nessa busca. Como estou há cerca de 20 anos nessas estradas e já passei por inúmeras experiências e treinamentos, gosto de compartilhar aprendizados que já obtive e que podem facilitar a vida de novos buscadores.   Quando terminou a live, fiquei pensando cá com os meus botões sobre coisas interessantes que observo e que quero compartilhar numa próxima oportunidade, mas a inspiração já foi surgindo e então já resolvi "blogar". Me dei conta de que quando a gente inicia nesse caminho, seja lá como for a forma do "chamado" se manifestar -- encontrando um grupo, um mestre/professor, uma terapia com a qual nos  identificamos, ou qualquer coisa desse tipo -- começamos a nos conhecer e também a nos familiarizar com muitos termos do mundo da "cura": chakras, m...

D izer NÃO sempre foi um problema pra mim, especialmente antes de eu enxergar isso. Um tempo depois, eu comecei a enxergar e também descobri que esse é um problema pra praticamente todo mundo, e que a diferença entre quem convive e quem não convive bem com o dizer NÃO é que o primeiro grupo é composto por pessoas que escolhem sempre primeiramente a si mesmas e o último por pessoas que sempre se colocam depois dos outros.  Ninguém gosta de ouvir NÃO, não é mesmo? E logicamente quem ouve o que não gosta se desagrada e, assim, como desagradar não é algo fácil, acaba sendo também difícil dizer.   M as eu ainda acho que aprender a dizer é mais fácil do que aprender a escutar os NÃOs da vida, venham eles de onde vierem. Porque a vida nos diz muitos NÃOs, e nunca por acaso. Eu já escutei muitos e, até entender que aquilo era o que eu precisava, foi muito chão percorrido dando murro em ponta de faca. Queria eu ter perdido menos tempo com o que (ou quem) não era pra mim, e ter caminhad...

E u entendo o que é viver em sofrimento. Sim, entendo, porque já vivi assim durante muito tempo da minha vida: completamente imersa nas dores e emoções negativas e na sensação de incapacidade de fazer algo por mim mesma, me sentindo uma vítima das influências nefastas do espaço sideral ou das pessoas que me faziam mal. Não que eu hoje não tenha momentos de dificuldade ou tristeza (a vida é feita de ciclos), e não que não exista maldade no mundo, existe. Mas não coloco mais na mão de nada ou ninguém a chave do meu bem estar. Se estou mal, busco ficar bem, e cedo ou tarde, sigo adiante...sempre! Problemas fazem parte da vida, é normal. O que não é normal é viver só de problemas.  Em algum momento da jornada nos damos conta de que é impossível mudar algumas coisas ou pessoas. Isso é desafiador e é, sim, uma verdade: não mudamos praticamente nada nem ninguém nesse mundo. Como rara exceção, podemos influenciar pelo bom exemplo (que pode vir a inspirar alguém, mas nem devemos buscar isso...

Como tento fazer todo ano, estou na praia nesta semana de Mãe Iemanjá, buscando a força e a alegria que só o mar me transmite. Estou hospedada num condomínio de um amigo, que, como todos desse tipo, tem no momento muitas casas vazias e, mesmo estando em fevereiro, algumas delas ainda estão com os enfeites de natal. Quem  passa vê e, como eu, deve questionar, mas o dono certamente nem está se incomodando, porque não está vendo.  Na vida também é assim...às vezes só nós não vemos o que está fora do tempo em nós. Aquilo que a gente já deveria ter mudado, transformado, deixado pra traz, mas continua carregando. Tem coisas que no tempo certo são até válidas, enfeitam, mas que quando estão fora do tempo já não combinam mais, ficam obsoletas e viram entulho na nossa vida. Outras a gente até gostaria de manter pra sempre, porque nos são caras, mas que também não dá porque precisam ser renovadas. São os ciclos da vida. Tudo tem o tempo certo na face da Terra e nada existe fora do tempo...

A sabedoria universal do mundo quem tem é Deus, a capacidade de ver além das aparências também. O desfecho final dos fatos e acontecimentos? Decisão Dele, na hora que Ele quiser. O ser humano não é aquele que sabe, mas o que busca. E, buscando, o que um ser humano encarnado pode conseguir é um diálogo próximo com Deus que, SIM, é possível e acessível a todos, mas muito mais a quem cultiva seu desenvolvimento espiritual.  Assim foi com Moisés, com Jonas, com Abraão: Deus lhes falou!  Mesmo que naquela época, muitos duvidaram. Moisés foi tido por louco; Jonas não considerou, desobedeceu; já Abraão aceitou, mesmo sem compreender, e foi recompensado. Hoje em dia não é diferente. Uns julgam quem se aproxima de Deus, condenam o mensageiro e desprezam a sua mensagem...por fim se afogam. Outros têm a oportunidade de se aproximar, mas preferem duvidar, e só aprendem quando são jogados ao mar (ou nem assim). E outros, mesmo não entendendo, confiam no que Deus lhes mostra ao coração, da ...