PAREI! 🚫

Nem todos os aprendizados da vida que acessamos em teoria realmente internalizamos na prática, fato! Eu sempre soube disso mas, ainda assim, fui surpreendida pelos últimos acontecimentos: um atropelamento com uma quantidade razoável de fraturas no fêmur (5).

Eu já até escrevi sobre a impermanência da vida e sempre soube que aceitar os ciclos (bons e ruins) é uma necessidade. Mas, dessa vez, precisei de alguns bons dias até começar a conviver com um mínimo de aceitação dessa situação (com a qual ainda estou me acostumando).

Bom, acostumada ou não, eu estou nela e já que resolvi falar disso, vamos focar no que é bom e nos aprendizados (já que o ruim ninguém vai mesmo poder viver por mim).

Pois é, graças a Deus, eu tive amparo e estou sendo muito bem cuidada (#Sougrata!), mas, falando dos aprendizados, o principal deles é a presença, porque eu estava no momento do acontecido prestando atenção no aplicativo de táxi e não vi vindo o carro que me atropelou (cujo motorista era quem, na verdade, deveria ter me visto pelo retrovisor -- já que eu estava parada esperando um táxi e ele deu ré -- mas não o fez). Sim, fazer a nossa parte nem sempre é suficiente e a presença total em todos os momentos ajuda a "reforçar" sempre a nossa segurança. 

Acreditar nos sinais que a vida nos dá é outro aprendizado, porque eu recebi alguns "avisos" de que algo ruim estava por vir e que agora parecem muito claros, mas que só compreendi depois do ocorrido....apesar de que, nenhum "aviso" não verbal é suficientemente claro, mas agora que aconteceu consigo entender.

E, por fim, viver o que o coração pede, ainda que não compreendido, não lógico, não socialmente aceito. Porque eu estou chegando à conclusão de que o que eu estava querendo mesmo nesse momento era parar, não procurar mais nenhuma atividade, projeto, nada. Só parar e estar comigo, me redescobrindo, me reconectando comigo mesma, me compreendendo e compreendendo o que eu realmente amo SER e fazer. Estar comigo para processar tantas coisas que me aconteceram durante toda a vida (e que tenho dolorosamente revisitado em tantas vivências de autoconhecimento das quais participei nos últimos tempos). Ficar só comigo, para curar minhas emoções, tratar e cicatrizar minhas tantas feridas criadas, machucadas e reeditatas/cutucadas tantas e tantas vezes. Ficar comigo para me sanar, me embalar, ou simplesmente descansar, dormir, ler, relaxar, sem ter a obrigação de me justificar para uma sociedade que parece estar a todo momento atenta e condenando a todos os que estão "ociosos", seja no trabalho ou na família, culpando-os por sua improdutividade ameaçadora ou "desaforada" -- especialmente para aqueles que (mesmo que nunca tenham sido antes) precisam agora ser produtivos, e, claro, sem considerar o fato de a gente já ter sido (muito produtivo) por muito tempo na vida -- no meu caso foram 35 anos ininterruptos de trabalho e uma vida inteira sendo "atropelada" pelos problemas e necessidades dos outros em tantas distorcidas relações (cultivadas pelos meus próprios apegos).

Pois é...de uma forma muito difícil eu realmente enxerguei agora essa minha necessidade de me voltar apenas para mim mesma e, sim, a estou assimilando, acolhendo, e, finalmente...parando!

 

#doençaeseusaprendizados 💚 #aprendendo #pararépossível #pararépreciso #oraçõessãobemvindas📿 #masestoubem #vouficarboa #estoubemcuidada #tiveassistência #tenhoamor 😍 #tenhocuidados!😁 #Sougrata🙏🏻