Mári Flor das Águas - Blog Pessoal

  Todos somos mestres e discípulos uns dos outros, no sentido que todos temos a ensinar e aprender uns com os outros. Entretanto, não adianta querer negar que algumas pessoas estudaram coisas que nós não estudamos, viveram coisas que nós não vivemos, conhecem mistérios que nós não conhecemos e, portanto, têm a nos ensinar coisas que nós não sabemos. Negar isso não é só arrogância, é burrice. É desperdiçar uma oportunidade que a vida nos dá de crescer e evoluir a partir da expansão do conhecimento de nós mesmos e da vida. E isso também não significa que essas pessoas não são humanas, não têm falhas, que são melhores que nós ou que devem ditar todos os nossos passos,  significa apenas que devemos ter uma reverência a essa vivência e a esse conhecimento e, principalmente, gratidão por quem a nós o transmite. É simples assim! Agora, desenvolver a maestria ou a capacidade de ensinar a outros é uma arte das mais delicadas, algo que eu ainda estou longe de alcançar. Mesmo assim, crei...

Todos nós, seres humanos, temos em nós luz e sombra que podem se manifestar. E é só quando reconhecemos a nossa sombra que podemos superá-la, para então despertar a nossa luz naquilo que se manifestou como sombra em algum momento, não tem outro jeito. Ninguém vai querer melhorar em si um defeito que acha que não tem, é ou não é? Para mudar é preciso ver. E para ver é preciso olhar.  São muitos os caminhos e as ferramentas de autoconhecimento que podem nos ajudar nessa tarefa, eu própria conheço algumas muito poderosas e preciosas que poderia recomendar, mas esse chamado é interno, não cabe a ninguém decidir por você.  Como também, mesmo sentindo um chamado e encontrando um bom caminho, não cabe a ninguém modificar sua sombra por você. Qualquer caminho, quando muito, mostra, não transforma ninguém que não quer se transformar. Já dizia um Mestre que muito me inspira: “tem um chá de capricho que só cada pessoa pode tomar”. Mas dizem que quando o discípulo está pronto o Mestre apa...

Ontem à noite eu tomei sozinha o meu banho de ervas, mas pensei ter ouvido pelo vão do box do banheiro ela dizer:   “Com dois te botaram, com 3 eu te tiro Com dois te botaram, com 3 eu te tiro Com os poder de Deus e da Virgem Maria Com os poder de Deus e da Virgem Maria”. Era como ela fazia sempre que eu estava em sua casa, em uma sequência de banhos que me dava: 3 de limpeza e um final de prosperidade. Ou não, a quantidade variava às vezes, mas a sequência não.  Limpeza tinha arruda, espada de São Jorge, sal grosso, prosperidade tinha manjericão, canela e mel...dentre outras coisas mais que ela decidia a cada vez. Acho que não houve uma única vez que a visitei sem voltar para a minha casa “banhada”. Era o nosso ritual sagrado, desde os tempos em que a gente nem era lá muito amiga não.  Tempos longos, difíceis, mas há muito também passados, graças a Deus!  Reconciliar-se com a mãe é, por vezes, a conquista de uma vida inteira, coisa que a gente nem entende a dimensão...

Eu falo muito de autoconhecimento porque foi algo realmente transformador em minha vida! E é engraçada a vida...às vezes a gente busca sem nem saber o que busca, e antes mesmo de ter talvez ouvido a palavra autoconhecimento eu já o buscava, e sabia disso! Me lembro do primeiro material sobre o assunto que tive nas mãos: um livro acompanhado de CD da @louisehayoficial chamado “Aprendendo a gostar de si mesmo” (tem no YouTube e recomendo!).  Eu tinha em torno de 18 anos, mas ainda era uma adolescente perdida nas ruas de São Paulo, buscando algo que preenchesse o meu vazio. O vazio existencial que não se preenche com coisas, nem com pessoas e nem mesmo com a religião. Aquele que só pode ser preenchido por si mesmo e que quem não ama a si verdadeiramente jamais consegue preencher.  Foi nessa época que entrei numa livraria e achei esse material, cujo CD ouvi milhões de vezes e ainda hoje é uma consulta periódica. Muitos trechos me marcaram nele, mas vou destacar um: “As atitudes de...

  Essas imagens são de um vídeo de uma cantoria que tentei fazer outro dia, mas não rolou. No dia eu não me sentia bem: nenhum batom combinava, os cabelos brancos apareciam mais, a pele parecia mais enrugada, a voz menos afinada, o ritmo duvidoso e ainda o microfone deu problemas. Enfim, nada tava bom e acabei desistindo de gravar (mas vai rolar ainda, confiram nos meus canais do YouTube ou Instagram 😉 ). Porém hoje, olhando um trechinho que não apaguei, percebi que nem estava tão ruim assim, apenas parecia pior do que realmente era... A vida é assim pra todo mundo. Nem precisa elucubrar muito pra saber que ninguém está bem o tempo todo. Altos e baixos fazem parte da vida de qualquer ser humano.  Mas precisamos lembrar que toda noite escura anuncia um novo amanhecer, e que ele vai chegar quer a gente queira ou não — não cabe a nós decidir isso. Haja o que houver, o nosso amanhecer só para de chegar no tempo de Deus.  As noites escuras sempre irão existir, os dias ensolar...