Crer não é ver
Uma amiga uma vez me disse que sementes de tomate davam câncer. Nós costumávamos cozinhar juntas, algumas vezes para muitas pessoas, e de vez em quando ela me incomodava com algumas questões, como a de tirar todas as sementes de cada um dos muitos tomates que tínhamos que cortar.
Mas o fato é que, muitos anos já passados desde então, hoje em dia, toda vez que estou cozinhando em casa, eu corto os tomates na tábua de cortar legumes e, antes de jogá-los na panela, lavo-os remexendo bem neles até sairem todas as sementes...
Não, eu não sei se sementes de tomate dão câncer! Nunca pesquisei isso... e também não sei se tirá-las muda alguma coisa para quem já está predestinado a passar pela doença.
Mas o fato é que, muitos anos já passados desde então, hoje em dia, toda vez que estou cozinhando em casa, eu corto os tomates na tábua de cortar legumes e, antes de jogá-los na panela, lavo-os remexendo bem neles até sairem todas as sementes...
Não, eu não sei se sementes de tomate dão câncer! Nunca pesquisei isso... e também não sei se tirá-las muda alguma coisa para quem já está predestinado a passar pela doença.
Essa minha amiga, infelizmente, já faleceu. De câncer. Que esteja bem e em bom lugar!
E pensando nisso enquanto cozinhava eu fiquei me questionando se a doença não era algo que ela sentia que podia acontecer e tentava de alguma forma evitar. Não sei, e nem tenho mais como saber.
O que eu sei é que o fato de eu tirar as sementes dos tomates sem saber se isso faz ou não alguma diferença diz muito sobre algo em que se fala bastante hoje em dia: crenças. Aquilo no qual acreditamos nem sempre é a verdade dos fatos. Às vezes é apenas algo que alguém pode ter colocado na nossa cabeça em algum momento da vida.
E não estou dizendo que isso acontece por culpa desse alguém ou algo do tipo, mas apenas que é o jeito que a banda toca: nossos “sensores mentais” vão captando imagens, palavras, situações e criando crenças, nem sempre baseadas na REALidade (ou não na nossa realidade), mas que ainda assim seguimos, pautando nossas atitudes e comportamentos de acordo com elas.
Eu fui criando esse texto na minha cabeça enquanto cozinhava um caldo recheado de tomates sem sementes. Depois até pensei que talvez o exemplo alimentício não fosse muito adequado...
Sim, porque claro que se algum estudo científico tiver comprovado que sementes de tomate dão câncer seria melhor que todo mundo evitasse de comê-las (ainda não fui pesquisar esse assunto e esse não é o objetivo do texto). Mas também é claro que nem sempre poderemos evitar de comer uma ou outra semente e que isso talvez não seja assim tão fatal assim para nós.
A questão é que precisamos considerar a possibilidade de a verdade na qual acreditamos não ser a real verdade da nossa vida e até das coisas em geral, mas uma imagem criada pela nossa mente, fruto das influências que recebemos e às vezes das projeções/imagens que criamos a partir do que vivenciamos. Porque claro que essa simples experiência não necessariamente me obrigaria a tirar as sementes dos tomates que eu vou comer para o resto da minha vida, mas eu simplesmente comprei a ideia (porque de alguma forma ela me serviu 😳).
Então, qual é a forma de descobrir a real verdade das coisas, da vida e de nós mesmos? Bom, fazer a pergunta é bem mais fácil do que dar a resposta, mas devo dizer que é também um passo bem importante para quem está no caminho da evolução como ser humano. Verdade! Se questionarmos as coisas nas quais acreditamos estaremos no início do nosso processo terapêutico para eliminar as nossas crenças. Será que sementes de tomate realmente dão câncer? Em que quantidade de consumo isso poderia ocorrer? Eu tenho mesmo essas limitações na vida? Eu sou mesmo inferior (ou superior) aos outros ou eu me moldei dessa forma? Aquele conhecimento/atitude que preciso é mesmo impossível de ser desenvolvido(a)? Aquela pessoa com quem tenho dificuldades é mesmo arrogante/falsa/antissocial ou eu a definí assim? Aquela mensagem no grupo do trabalho foi mesmo pra me atacar ou a carapuça me serviu? Os obstáculos que vejo em minha vida são reais ou eu os estou alimentando? E por aí vai...
Assim vamos abrindo caminho para a verdade a respeito do que somos e do que podemos realizar, dos nossos reais potenciais, e também para enxergar mais claramente o que precisamos melhorar em nós mesmos e na nossa realidade verdadeira.
Se livrar de crenças não é algo fácil, e esse é só realmente um primeiro passo, mas é um importante passo na caminhada para entender como toca a banda da vida e como tocamos nós mesmos. Assim, quem sabe, poderemos conscientemente ficar com as sementes boas, que irão nos nutrir, e jogar fora as ruins, aquelas com potencial de nos adoecer.
E pensando nisso enquanto cozinhava eu fiquei me questionando se a doença não era algo que ela sentia que podia acontecer e tentava de alguma forma evitar. Não sei, e nem tenho mais como saber.
O que eu sei é que o fato de eu tirar as sementes dos tomates sem saber se isso faz ou não alguma diferença diz muito sobre algo em que se fala bastante hoje em dia: crenças. Aquilo no qual acreditamos nem sempre é a verdade dos fatos. Às vezes é apenas algo que alguém pode ter colocado na nossa cabeça em algum momento da vida.
E não estou dizendo que isso acontece por culpa desse alguém ou algo do tipo, mas apenas que é o jeito que a banda toca: nossos “sensores mentais” vão captando imagens, palavras, situações e criando crenças, nem sempre baseadas na REALidade (ou não na nossa realidade), mas que ainda assim seguimos, pautando nossas atitudes e comportamentos de acordo com elas.
Eu fui criando esse texto na minha cabeça enquanto cozinhava um caldo recheado de tomates sem sementes. Depois até pensei que talvez o exemplo alimentício não fosse muito adequado...
Sim, porque claro que se algum estudo científico tiver comprovado que sementes de tomate dão câncer seria melhor que todo mundo evitasse de comê-las (ainda não fui pesquisar esse assunto e esse não é o objetivo do texto). Mas também é claro que nem sempre poderemos evitar de comer uma ou outra semente e que isso talvez não seja assim tão fatal assim para nós.
A questão é que precisamos considerar a possibilidade de a verdade na qual acreditamos não ser a real verdade da nossa vida e até das coisas em geral, mas uma imagem criada pela nossa mente, fruto das influências que recebemos e às vezes das projeções/imagens que criamos a partir do que vivenciamos. Porque claro que essa simples experiência não necessariamente me obrigaria a tirar as sementes dos tomates que eu vou comer para o resto da minha vida, mas eu simplesmente comprei a ideia (porque de alguma forma ela me serviu 😳).
Então, qual é a forma de descobrir a real verdade das coisas, da vida e de nós mesmos? Bom, fazer a pergunta é bem mais fácil do que dar a resposta, mas devo dizer que é também um passo bem importante para quem está no caminho da evolução como ser humano. Verdade! Se questionarmos as coisas nas quais acreditamos estaremos no início do nosso processo terapêutico para eliminar as nossas crenças. Será que sementes de tomate realmente dão câncer? Em que quantidade de consumo isso poderia ocorrer? Eu tenho mesmo essas limitações na vida? Eu sou mesmo inferior (ou superior) aos outros ou eu me moldei dessa forma? Aquele conhecimento/atitude que preciso é mesmo impossível de ser desenvolvido(a)? Aquela pessoa com quem tenho dificuldades é mesmo arrogante/falsa/antissocial ou eu a definí assim? Aquela mensagem no grupo do trabalho foi mesmo pra me atacar ou a carapuça me serviu? Os obstáculos que vejo em minha vida são reais ou eu os estou alimentando? E por aí vai...
Assim vamos abrindo caminho para a verdade a respeito do que somos e do que podemos realizar, dos nossos reais potenciais, e também para enxergar mais claramente o que precisamos melhorar em nós mesmos e na nossa realidade verdadeira.
Se livrar de crenças não é algo fácil, e esse é só realmente um primeiro passo, mas é um importante passo na caminhada para entender como toca a banda da vida e como tocamos nós mesmos. Assim, quem sabe, poderemos conscientemente ficar com as sementes boas, que irão nos nutrir, e jogar fora as ruins, aquelas com potencial de nos adoecer.
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