O que recebemos do pai
Vamos começar pelo básico: a vida, o bem mais precioso que você tem! Tão precioso que se você perder todos os seus bens materiais, seja por ocasião de uma guerra, uma calamidade, uma golpe do destino ou uma situação de violência, poderá recuperar tudo de volta e até se tornar mais próspero; tão precioso que se você passar por uma doença grave, mas conseguir se curar, poderá ficar ainda mais saudável e feliz depois disso; ou, mesmo que não se cure ou passe por algum outro infortúnio, como um acidente, por exemplo, ainda poderá ser feliz e útil à humanidade, quem sabe até descobrir novos dons que não conhecia; tão precioso que se você perder um amor que julgava ser o seu porto seguro, ainda poderá descobrir em si uma força antes desconhecida, e encontrar uma razão muito especial para continuar! Tudo isso são situações que a gente vê acontecer e tudo é possível se você mantém a vida, esse bem mais do que valioso, que você recebeu através do óvulo da sua mãe, e do espermatozoide campeão, aquele que não desistiu de você, o do seu pai!
Se parasse por aí já seria um bocado, mas se você também o teve vivo e presente em sua história, ainda tem mais! Ele certamente falou com você antes de você nascer, se emocionou quando te pegou no colo pela primeira vez, pode ter feito você dormir algumas vezes, te dado aquele disco de história infantil que você ouviu até furar, te ensinado a dar os primeiros passos, a contar a taboada nos dedos, e a falar algumas palavras, dentre elas uma muito especial: “papai”!
E se você cresceu tendo ele por perto então, aí realmente tem muito mais! Provavelmente ele te ensinou valores, te educou, pagou suas contas por muuuito tempo, passou angústias mil e alegrias tantas pensando em você!
Portanto, olhar pra esse homem, compreender sua história, honrar sua presença em sua vida, agradecer por cada doação recebida e mesmo pelas eventuais faltas pode significar encontrar um tesouro!
Mais que faltas? Partindo do princípio de que somos seres espirituais, que viemos ao mundo com um propósito e uma missão, e que nossos pais são escolhidos (acredito que por nós mesmos) nesse contexto, podemos dizer que não nos falta nada. Se houve carência, era o que precisávamos, se houve ausência, era o que precisávamos, até se houve falhas, eram as que precisávamos para desenvolver em nós as qualidades que viemos aqui desenvolver E isso não é fraqueza, nem passividade, é evolução. É a capacidade de irmos além das nossas eternas crianças feridas ou adolescentes mimados, que procuram culpados para cultivar por toda uma vida.
Sim, somos arrogantes, prepotentes, nos recusamos a ocupar o único lugar que nos pertence junto aos nossos pais: o de filhos, de pequenos diante deles — “os grandes”! Os que nos deram o bem mais precioso e valioso que temos, que foram responsáveis por nos transferir características e dons únicos com os quais viemos para apresentar ao mundo, e que cuidaram de nós como souberam, pelo tempo que puderam, com as condições que tinham. A nossa mãe “e” o nosso pai, este homem especial (mas, em algum grau desconhecido para nós), com sua história, com a história do seu masculino e do de toda sua linhagem: as carência contidas, as fraquezas escondidas, as angústias abafadas, os dons reprimidos e os sonhos muitas vezes diminuídos para dar lugar às batalhas da vida.
Será que realmente o reconhecemos e honramos o suficiente? 💙
PS: Texto baseado nos estudos da Constelação Familiar.
#sintomuitomeperdoeteamosougrata!
#aomeupai! #saudades! #pai #diadospais #familia #curasistêmica #relaçõesfamiliares #constelaçãofamiliar
Comentários
Postar um comentário